Ufa, finalmente cheguei ao término da dura tarefa de selecionar meus tintos do ano passado. Como homenageei os espumantes/champanhes e doces/fortificados com os meses do ano, e os vinhos brancos com os dias do mês, pretendo continuar nesta linha homenageando os dias da semana e as semanas do ano com os vinhos tintos, portanto, minha seleção é de 59 tintos.
Os três primeiros colocados estão em negritos, em ordem de preferência, os demais em ordem alfabética. Não deixe de conferir a galeria de fotos ao final do post.
1. Chateauneuf-du-Pape Réserve des Célestins 1990, Henri Bonneau (Rhône/França)
Sem dúvida, Henri Bonneau continua sendo uma lenda para a maioria dos enófilos que curtem Chateauneuf-du-Pape (ChdP). O Réserve des Célestins é seu vinho top, e o 1990 desde que o provei tive a convicção que seria o melhor do ano. Ao nariz (frutas vermelhas maduras, algo licoroso, especiarias, ervas secas, que iam mudando na taça com o tempo) seduzia tanto que não dava vontade de ingeri-lo, porém quando isso foi feito vi que estava diante de um vinho irresistível. O final de boca parecia não ter fim. Amor para sempre!
2. Chateau La Conseillante 1949 (Bordeaux/França)
Alguém já disse que se o Pétrus é considerado ‘megastar’ La Conseillante com justiça deve ser avaliado como ‘superstar’. O La Conseillante 1949 mostrou muita vivacidade, equilíbrio e elegância ímpares. Aromas complexos de caça, café, especiarias, e na boca sobressaía sua textura sedosa. Geralmente feito com Merlot, 70% ou mais, mesclado à Cabernet Franc. Finesse e complexidade!
3. Grange 1976, Penfolds (Austrália)
Ainda vinha com o nome Hermitage, termo que deixou de estar presente desde a safra de 1990, fruto de um acordo entre a Austrália e a União Européia (evitando confundir-se com o vinho francês Hermitage). Um hino à Shiraz, de vinhas de diferentes zonas/regiões (Barossa, McLaren Vale, Magill, etc) e na maioria das vezes tem um pouco de Cabernet Sauvignon. Fantástica prova deste Grange 1976, com seus aromas de frutos negros e vermelhos em geléia, café, especiarias e seus taninos elegantes. Segundo Guilherme Correa, sommelier da importadora Decanter, presente na degustação, o Grange 1976 “não deixa de ser australiano, mas tem o coração na França”. Foi a segunda vez que tive oportunidade de prová-lo e como da primeira vez só tinha uma coisa a ser dita sobre o Grange 1976: fenomenal!
4. Alzero 1990, Quintarelli (Vêneto/Itália)
5. Barca Velha 1964, Casa Ferreirinha (Douro/Portugal)
6. Barolo Riserva Colina Rionda 1982, Bruno Giacosa (Piemonte/Itália)
7. Barolo Riserva Colina Rionda 1989, Bruno Giacosa (Piemonte/Itália)
8. Barolo Riserva Monfortino 1961, Giacomo Conterno (Piemonte/Itália)
9. Barolo Riserva Monfortino 1990, Giacomo Conterno (Piemonte/Itália)
10. Barolo Riserva Monfortino 1997, Giacomo Conterno (Piemonte/Itália)
11. Barolo Monprivato 1982, Giuseppe Mascarello (Piemonte/Itália)
12. Barolo Monprivato 1985, Giuseppe Mascarello (Piemonte/Itália)
13. Barolo Riserva Ca’ d’Morissio 1997, Giuseppe Mascarello (Piemonte/Itália)
14. Brunello di Montalcino Soldera 1990, Gianfranco Soldera (Toscana/Itália)
15. Castillo Ygay Gran Reserva Especial 1934, Marques de Murrieta (Rioja/Espanha)
16. Castillo Ygay Gran Reserva Especial 1942, Marques de Murrieta (Rioja/Espanha)
17. Chambertin 1990, Leroy (Borgonha/França)
18. Château Cheval Blanc 1953 (Bordeaux/França)
19. Château Cheval Blanc 1990 (Bordeaux/França)
20. Château Clinet 1989 (Bordeaux/França)
21. Château Gruaud Larose 1945 (Bordeaux/França)
22. Château Gruaud Larose 1982 (Bordeaux/França)
23. Château Haut Brion 1953 (Bordeaux/França)
24. Château Haut Brion 1982 (Bordeaux/França)
25. Château Haut Brion 1990 (Bordeaux/França)
26. Château La Mission Haut Brion 1959 (Bordeaux/França)
27. Château La Mission Haut Brion 1978 (Bordeaux/França)
28. Château L’Evangile 1975 (Bordeaux/França)
29. Château Margaux 1986 (Bordeaux/França)
30. Château Margaux 1996 (Bordeaux/França)
31. Château Mouton Rothschild 1982 (Bordeaux/França)
32. Chateauneuf-du-Pape Cuvée du Capo 2000, Pegau (Rhône/França)
33. Chateauneuf-du-Pape Cuvée Centenaire 1990, Les Cailloux (Rhone/França)
34. Contador 2000, Benjamin Romeo (Rioja/Espanha)
35. Contador 2004, Benjamin Romeo (Rioja/Espanha)
36. Contador 2005, Benjamin Romeo (Rioja/Espanha)
37. Côte Rotie La Belle Hélène 1999, Michel Ogier (Rhône/França)
38. Côte Rotie La Landonne 1990, Guigal (Rhône/França)
39. Côte Rotie La Mouline 1982, Guigal (Rhône/França)
40. Côte Rotie La Mouline 1988, Guigal (Rhône/França)
41. Côte Rotie La Mouline 1989, Guigal (Rhône/França)
42. Côte Rotie La Mouline 1995, Guigal (Rhône/França)
43. Dominus 1991, Dominus (Califórnia/EUA)
44. Grange 1982, Penfolds (Austrália)
45. Grange 2001, Penfolds (Austrália)
46. Grange 2004, Penfolds (Austrália)
47. Hermitage La Chapelle 1978, Paul Jaboulet Ainée (Rhône/França)
48. Hermitage La Chapelle 1990, Paul Jaboulet Ainée (Rhône/França)
49. Insignia 1976, Joseph Phelps (Califórnia/EUA)
50. Pingus 1995, Pingus (Ribera del Duero/Espanha)
51. Richebourg 1990, Leroy (Borgonha/França)
52. Richebourg 1999, DRC (Borgonha/França)
53. Sori San Lorenzo 1989, Gaja (Piemonte/Itália)
54. Sori San Lorenzo 1997, Gaja (Piemonte/Itália)
55. Taurasi 1964, Michele Mastroberardino (Bordeaux/França)
56. Tondonia Gran Reserva 1954, Lopez de Heredia (Rioja/Espanha)
57. Vega Sicília “Único” 1962 (Ribera del Duero/Espanha)
58. Vega Sicília “Único” 1996 (Ribera del Duero/Espanha)
59. Vieux Chateau Certan 1947 (Bordeaux/França)
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